Mas não é sobre os chocolates com peso de ovo de codorna e preço do quilo do ouro que eu resolvi escrever. Influenciada pelas diversas decorações de Páscoa que tenho visto por ai e ao produzir reportagens sobre resolvi em pensar em alguns mimos para expor pela minha casa. Foi quando comecei a me lembrar das Páscoas passadas.
Obviamente, a data é muito mais engraçada quando somos crianças...
Quem nunca acordou super cedo em pleno domingo apenas para ver as surpresas que o coelhinho deixou? Era como se nunca tivesse visto ou comido chocolate na vida.
Acredito que nós passamos a conhecer a tal ansiedade ainda pequenos, culpa do coelhinho e de seus ovos de chocolate.
Vamos pensar, para as crianças, principalmente as menores, os dias demoram para passar, pois elas ainda estão construindo a noção de tempo e espaço. Acredito que é por isso que para elas a chegada do Domingo de Páscoa é tão esperada (e tão demorada).
Eu era daquelas crianças que para acordar cedo era uma ladainha, pois eu detestava ir cedo para o colégio. Todos os dias era minha mãe que me acordava, já que inúmeras vezes dormia como uma pedra, enquanto o despertador berrava. Mas no domingo de Páscoa...
Por volta das 7h30 já estava de pé, prestes a sair pela casa a procurar a cesta. Mas diferente dos dias rotineiros, naquele domingo específico eu realmente acordada animada. Quando encontrava a cesta de Páscoa comemorava, comia um bombom, brincava com minha cadela Bibi e depois ia dormir. Mais calma e tranquila era mais fácil voltar para a cama. Algo que normalmente eu não podia fazer.
Sabia que não era a única, meus amigos também tinham comportamentos similares. Cresci, a Páscoa ganhou outros significados, e perdeu em ansiedade.
Ao ver os pequenos tão inquietos percebo que o ciclo da Páscoa se renova, tal como desejamos todos os anos, que a esperança renasça.