segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Número de jovens eleitores caiu, mas Região Sul vai contra esses dados


Há quase 30 anos as pessoas iam às urnas pela primeira vez, depois de 20 anos de ditadura militar, para escolher quem seria o presidente da República do Brasil. Hoje totalizam-se em 135.804.433 milhões de eleitores aptos para votar. O que significa um aumento de 7,8% em relação à última eleição para presidente, que ocorreu no ano de 2006. No entanto o número de leitores com menos de 18 anos caiu. Em 2006 eram 2.566.391 agora são 2.391.352 milhões, uma diminuição de 175.039 mil votantes menores de idade. A região Sul vai contra os dados nacionais, onde há 20.252.770 milhões de eleitores sendo 361.758 mil com idade entre 16 e 17 anos. No Rio Grande do Sul eles totalização 1,8% dos votos no pleito deste ano.

Para a mestre em História Camila Ventura Merg, o Rio Grande do Sul é um dos grandes colégios eleitorais do Brasil, porque nós gaúcho temos uma grande história política nacional. Um dos principais presidentes brasileiros foi Getulio Vargas, gaúcho.

A estudante do 2º ano do ensino médio, Sabrina Duarte de 16 anos, falou da importância do voto e que escolheu votar esse ano, pois acredita que se cada um ajudar a política brasileira pode mudar. Para a estudante “um voto nunca é só um voto, somos milhares de pessoas que tem o poder de acabar com a roubalheira”. Ela ainda salientou que não esperou chegar aos 18 anos para poder exercer esse direito do cidadão. Sabrina e mais 15 colegas que tem entorno da mesma idade votaram pela primeira vez. Eles confirmam a pesquisa feita por Camila no que se refere às influencias em casa, já que maioria deles não pediu ajuda para os pais na hora de escolher os candidatos. A estudante disse ainda que pesquisou o que cada candidato tinha de projeto e foi influenciadora na decisão dos pais. “Adorei ir votar, a única coisa que eu achei chata foi o lixo que ficou na cidade depois que acabou a eleição”. Sabrina disse ainda que espera que no segundo turno a cidade fique mais limpa.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

A tecnologia a favor do mercado editorial

O mercado editorial tem entrado em declínio nos últimos tempos por causa do avanço tecnológico. Editoras como o Grupo A, antiga Artmed, têm encontrado mercado na publicação de e-books e materiais de consulta digitais. Em entrevista coletiva Michael Menta, gerente de marketing do Grupo A, falou sobre como está esse mercado e quais as expectativas da empresa.
O mercado brasileiro está acompanhando o ritmo de crescimento das mídias digitais, mas não com a mesma força de países como Estados Unidos. As pequenas empresas são as que mais estão sendo prejudicadas, pois não tem uma gestão específica que cuide da questão do livro digital. Menta expôs que o grupo A está preparada, pois possui uma plataforma de material de apoio para o professor que utiliza livros da editora e para quem os compra. Para os professores que utilizam esse meio, existem recursos como matérias de apresentação sobre determinado assunto em Power Point, vídeos explicativos e exercícios.
Outro investimento da editora são as publicações em I Ped e I Fone que em breve estarão disponíveis. Esse tipo de recurso torna o material mais barato e mais acessível. Segundo Michael em breve terá 700 publicações em E-book, sendo que esses materiais poderão ser comprados ou alugados.
A editora vem guardando desde 2005 conteúdos em PDF para futuras publicações em meio digital, o que preparou a empresa para esse mercado que está em transformação. O gerente afirmou que a editora está com 24% do mercado de CTP (Cientifico, Tecnológico e Profissional) e tem taxa de crescimento que gira entre 20% e 24%.
A Artmed foi criada em 1973 e era publicava livros voltados para a medicina. Com o passar dos anos outras áreas acadêmicas foram incorporadas. Em 2009 a BNDSPAR e a CRP se tornaram sócias da editora. A MCGraw Education -Hill Education virou parceira e houve a compra da Editora Artes Medicas. Com o aumento da empresa no mercado editorial houve a mudança do nome da marca que passou a se chamar Grupo A e teve seu lançamento oficial na Bienal do Livro em São Paulo, em agosto deste ano.
Outra aquisição do grupo foi um escritório em Portugal, mas para Menta o mercado do país ainda é desconhecido. “A compra do escritório aconteceu a dois meses e não temos conhecimento ainda”. Ele ressaltou que os portugueses têm muito o hábito de comprar livros técnicos em inglês. A média calculada para as vendas deste ano no Brasil fica no calculo de 64 milhões de reais.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Chuva de meteoros poderá ser vista em dezembro e Planetas podem ser observados

Esse texto foi escrito em agosto de 2010, para a disciplina de Jornalismo Especializado


Chuvas de meteoros como a que embelezou os céus do dia 13 de agosto acontecem de forma regular e anualmente. No mês de outubro acontecerá no dia 21. No mês de novembro será por duas vezes, sendo a primeira na semana que vai do dia quatro ao dia 12, e a segunda no dia 17. Porém essas duas chuvas não terão grande significância para nós, pois acontecerão no Hemisfério Norte do Planeta, contudo a queda de meteoros que ocorrerá no dia 14 de dezembro poderá ser observada, pois ela será muito brilhante. Outro fenômeno interessante de ser observado são os planetas Mercúrio, Vênus, Saturno, Júpiter e Marte, que estão visíveis.
Gilberto Klar Renner, produtor cultural do Planetário, explicou que as chuvas de meteoros que ocorrem em geral não são vistas aqui no Sul, pois elas acontecem sempre no norte do Planeta. Será possível observar a que vai haver no dia 14 de dezembro, já que ela ocorre na constelação de Gêmeos, que é muito brilhante. Esse evento acontece, porque os cometas, que são constituídos de gelo e materiais, ao passarem pela Terra e se aproximarem do Sol perdem a resistência. O gelo e os gases que o envolvem se tornam vapor e acaba deixando rastros de poeira perdidos pelo o espaço.
Quando essas partículas de poeira entram na atmosfera terrestre acabam sofrendo o processo que os cientistas chamam de Ionização. Renner explicou que durante essa etapa as partículas, que em geral tem o tamanho de um grão de areia, ao receberem o calor ficam ionizadas e ganham eletricidade das moléculas da atmosfera. “É por isso que quando ele cai parece ser uma estrela, e daí vem o nome popular de Estrela Cadente”.
Vanessa Carrion, mestre em geografia, com ênfase em astronomia esclareceu que cada fenômeno desses recebe o nome da constelação da qual é origem. A chuva do mês de outubro se chama Ornídeas, pois ela vem da constelação Orion. A que vai acontecer no dia 17 de novembro se chama Leonídeas, da constelação de Leão. Em dezembro teremos a Geminídeas, que tem origem em Gêmeos.
Outro fenômeno espacial interessante de ser observado no céu gaúcho são os planetas que estão alinhados com a Terra. Ao anoitecer Mercúrio, Vênus, Saturno e Marte estão visíveis. Eles se encontram no leste, logo nas primeiras horas da noite. No oeste está Júpiter. Segundo Gilberto só é possível vê-los a olho nu, pois estão próximos do Sol. Mercúrio também está visível, mas por estar muito próximo do Sol e ele ofuscar a nossa visão, só podemos ver o planeta até pouco depois do pôr-do-sol. Esse evento ocorre em geral entre os meses de agosto e setembro, porém eles não são fixos, afinal os planetas são como a Lua e tudo depende da sua rotação.

domingo, 7 de novembro de 2010

O mercado editorial gaúcho encontra fôlego mesmo em período de decadência

Este texto assim como o outro foi feito quando eu estava no 2° semestre. Foi escrito provavelmente entre os meses de maio ou junho de 2009. Eu o reescrevi o que diminui bastante o seu tamanho.

A dificuldade está no mercado distante e nas pequenas tiragens

O mercado editorial gaúcho vem decadente há alguns anos. Isso ocorre desde que houve o fechamento das grandes editoras e da migração dos principais autores para o Sudeste (eixo Rio- São Paulo), que possuem uma maior abrangência na distribuição de livros, já que atingem cerca da maior parte do território nacional. Em entrevista coletiva, para os alunos de jornalismo gráfico, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande dos Sul (PUCRS), Ângela Puccinelli, proprietária da editora Fábrica de Leitura falou da dificuldade de manter uma editora no Estado.
Para a editora a maior dificuldade encontrada está no fato do Rio Grande do Sul ficar geograficamente longe do centro do Brasil, o que dificulta a comunicação e a distribuição. Ângela salientou que o mercado não é muito aberto para o sul “não por bairrismos, mas porque o eixo São Paulo- Rio (centrais) torna a entrega dos produtos mais barata”. Segundo ela outro problema enfrentado pelas editoras e o fato do País não possuir um público leitor assíduo.
Questionada sobre o porquê ter uma editora no Estado foi enfática ao dizer que por ser gaúcha não gostaria de abrir uma empresa longe da sua origem. Angela abriu a Fábrica de Leitura há um ano e meio e disse não se arrepender, mesmo que o trabalho exija sacrifícios. Ela afirmou que vai muito para o Rio de Janeiro e São Paulo, pois possui fornecedores nestas duas cidades. A empresária expôs que tem uma equipe de assessoria de imprensa que ajuda a divulgar os livros impressos pela editora. Neste ano a Fábrica de Leitura já publicou 10 títulos.
Sobre a digitalização de livros Ângela salientou que prefere os impressos, pois atingem um maior público leitor. Para ela as pequenas editoras acabam falindo, porque se segmentam demais e perdem talentos. Outro motivo apontado pela empresária é o fato das tiragens no Estado serem muito pequenas o que acaba fazendo com que os grandes autores migrem para um mercado maior.

A juventude é detalhe pra quem ajuda sem cobrar


Este texto eu escrevi quando estava no 2º semestre de jornalismo. minha escrita mudou muito de lá para cá(graças à Deus!). Resolvi postá-lo para poder acompanhar o meu desenvolvimento ao longo dos semestres. É um perfil tamanho gigante.


"Os anos se passam e com ele a juventude. Quem disse tamanha tolice? A juventude continua em quem quer continuar a vida a velhice é para quem suplica a mesmice. Quem quer o bem do mundo não envelhece, apenas muda de aparência, cria mais experiência. Experiência essa que na juventude declamada não se tem. Quem quer o bem do próximo não envelhece fica com menos medo de ousar." Assim já dizia o poeta desconhecido, que defendia em alguns versos que a finalidade do homem não é envelhecer e sim ajudar quem precisa dele. Quem se pode dizer que vive com esse verso em sua mente e a podóloga Ana Maia, que divide seu tempo entre a família, o emprego e a ajuda solidária, já que ajudou com que vários projetos voluntários saíssem do papel. Hoje ela faz parte da ONG (organização não governamental) Enfermagem, que tem como slogan Onde a Saúde Começa organização sem fins lucrativos que desenvolve trabalhos sobre a saúde da família junto a comunidades, igrejas e demais instituições sociais, tendo como objetivo informar de forma gratuita sobre questões de âmbito da saúde. Ela e o presidente da ONG o enfermeiro Claudir Lopes da Silva pretendem até o final deste mês de junho implantar o Projeto Sopa, na comunidade onde ela vive.
Ana Maia mora em uma casa de dois andares, na Lomba do Pinheiro, zona leste de Porto Alegre. Ela pretende instalar em sua casa o projeto, já que na última reforma que fez em sua casa, deixou no 1 piso da casa somente a cozinha e uma salinha que atende seus pacientes. Na parte superior da casa há um quarto e uma sala de estar. Ela diz que “Ajudo quem não pode quem não tem. Dizem quem ajuda os outros em geral não pode ajudar a si mesmos. Eu ajudo os outros e não posso ajudar aquele ali do fundo (se referindo ao filho mais novo que mora nos fundos de sua casa) que só pensa em dinheiro e não entende o por que de eu ajudar as pessoas.”
Ana é casada, mãe de dois filhos já adultos e avó de um casal de seis anos, filhos do seu filho mais velho que mora hoje em Esteio com sua mulher. Fala dos netos com o mesmo orgulho que fala dos seus projetos dentro da ONG, em que dá palestras sobre as mais diversas doenças em principal a hanseníase. Ela mostra um jornal, em forma de folheto que explica sobre o projeto, e onde tem uma foto sua dando uma palestra sobre a Hepatite C.
Foram longas as conversas que tivemos, pode-se analisar que quando fica nervosa gagueja ao falar. Enquanto conversávamos veio à tona as mais diversas histórias como a de quando trabalhou durante um ano à noite na cozinha de um hipermercado bastante conhecido na região. Como trabalhava a noite, Ana soltava perto das 5 horas da manhã. Tinha que caminhar um pouco até a parada de ônibus. “Tinha medo de ser assaltada, isso devia ser por volta do ano de 96. Havia m mendigo que dormia perto do mercado e ele me levava todos os dias até a parada e esperava comigo o ônibus. Eu sempre levava para ele a comida que sobrava do mercado e ia fora, só sei te dizer que no final de um ano eu tinha cinco mendigos me levando até a parada.” Ao contar o fato ela ri e diz que quem assalta não é mendigo, mas sim os malandros que querem comprar droga e não tem dinheiro. “Mendigo come o que derem para ele ou o que ele achar, se der dinheiro ele não vai comprar comida e sim bebida, outra coisa, já percebeu que cachorro de mendigo é sempre gordinho? .” Eu apenas ri do comentário. Não sei nem como a conversa foi parar neste rumo. Ela convidará a minha mãe para participar com ela do Projeto Sopa em que minha mãe aceitou o convite. A conversa fluirá bem até que ela resolveu entrar na sua casa. A Flor, a cadelinha de Ana estava aos berros, ou melhor, aos uivos ao perceber que a dona não lhe dava atenção. Ao voltar para a rua Ana já estava com a cadelinha, na colerinha. A Florzinha como chamamos estava de vestidinho e pronta para sair. Ana conta que a carrega por tudo que é lugar dentro de uma bolsa, e quando isso não acontece a Flor quase morre chorando.
“Um dia desses indo pra Novo Hamburgo (onde tem um apartamento) Flor que estava dentro da bolsa resolveu colocar a cabecinha para fora e olhar para a janela do ônibus. Ela avistou um cachorro que estava na rua e começou a latir. Quando o cobrador me olhou escondi a Florzinha e disse que era meu telefone” Telefone! É certo que o cobrador não acreditou muito na história, mas ela passou bem.
Falando do Projeto da Sopa ela falou que nada estava ainda muito definido, mas que já podia adiantar que o publico que gostaria atingir é das pessoas que sofrem de Hanseníase, doença que atinge boa parte da população onde vive. Ela inclusive foi a primeira voluntária da Lomba do Pinheiro (e atualmente a única) que trata da hanseníase, que segundo estudos atinge muito a população daquele bairro, já que é uma doença transmitida pelo ar. Ana Maia ainda salienta que as pessoas que têm a doença não só devem procurar o atendimento médico o mais rápido possível, como também tomar a medicação corretamente, já que a doença quando tratada tem cura, além de não deixar marcas profundas na pele. “Quando não é bem tratada a hanseníase não só pode deixar a pessoa cega, mas também pode em alguns casos levar a pessoa portadora da doença a morte”. Ela fala com entonação do projeto que realiza, dando palestras nos mais diversos lugares, inclusive em ônibus, onde distribui panfletos explicativos sobre a doença. Quando isso acontece o engraçado é que de inicio as pessoas acham que é mais uma pessoa que vai distribuir papel dentro do coletivo, mas quando ela começa a falar da doença e os passageiros se dão conta e logo ficam interessados sendo que alguns chegam até fazer perguntas. O mais engraçado é que as pessoas olham diretamente para as janelas do ônibus e disfarçadamente olham para a pessoa que está ao seu lado, simultaneamente olham para as suas próprias mãos e antebraços.
Ainda sobre o projeto atual ela mostra um porta retrato com fotos suas no próprio consultório que trabalha como podóloga e quando estava fazendo trabalho voluntario no parque Farroupilha, também conhecido como Redenção, no dia da mulher. A sua casa de inicio é bem acolhedora, mesmo que na parte inferior não haja muita coisa. Em frente à porta de entrada há um aquário e fotos dos filhos e dos netos. Na sala do mesmo andar a cartazes fixados nas paredes todos voltados a saúde. Há também vários pezinhos desenhados pela casa.
Ana falou que se interessou em fazer trabalho voluntário, pois assim achou que seria uma forma de pagar as pessoas que a ajudaram na infância e mal a conheciam. Ela relata que a mãe ficou viúva cedo e tinha sete filhos pequenos para criar, as pessoas nunca negaram ajuda mesmo sem conhece - lá direito. Ela lembra que seu primeiro trabalho voluntário foi a mais ou menos 22 anos, onde ajudou a construir uma creche. “Isso foi logo quando me mudei aqui para o Pinheiro, queríamos uma creche e conquistamos uma escola infantil que hoje e referencia no município” .
Essa conquista foi importante não somente para ela, mas para toda a comunidade que hoje cresce e prospera cada dia mais. Quando Ana Maia foi morar na Lomba do Pinheiro a região era pobre e sem condições nenhuma de vida, não tinha saneamento básico e água e luz eram coisas escassas. A localidade crescera muito ao longo desses anos e de certa forma a história de vida desta mulher está ligada à historia do bairro. Não é para qualquer um dividir o tempo entre família, trabalho e bem estar, mas para quem tem a juventude dentro do coração e ama o que faz o tempo não só existe como é infinito.