sábado, 30 de maio de 2015

#QLQRUA: Releia algumas crônicas já publicadas

divulgação
Estou fazendo uma atualização de histórias, logo, faltou crônica.... Mas não fique triste releia as anteriores =) 



















Estas são algumas das crônicas já publicadas na série Em Qualquer Rua. Existem outras dos mais diferentes assuntos. Todas as histórias podem ser conferidas clicando em cima no nome da série. Para quem não sabe, os textos tem um tom de conto, no qual busco falar sobre coisas cotidianas, mas também que despertam a novidade. No final serão 70 crônicas, atualmente 48 foram publicadas.

=)

sábado, 23 de maio de 2015

#QLQRUA: Alegria em país estrangeiro

Alegria em país estrangeiro. Como pode? Longe da terra natal, sem nenhuma certeza. A distância da família traz dor. A língua tão diferente, os sotaque, tudo tão estranho. Mas a alegria é justificada pelo vento que bate no rosto e alimenta a esperança.

Esperança de uma vida melhor em um país com tantas crises, com tantos problemas sociais. Vir para o Brasil é desde sempre (ou pelo menos após essas terras virarem colônia) chegar e conquistar o eldorado. O mito da riqueza da terra, do povo alegre... Tudo isso atrai os estrangeiros que aqui buscam um futuro.

Conheço de vista um haitiano. Fala pouco o português, erra palavras. Até pouco tempo nem cama tinha. Tinha no máximo o rancho que a empresa oferecia, fogão e a geladeira. O sorriso, porém, não sumia do rosto. Mesmo depois de um extenuante dia de trabalho. Ele é pedreiro.

Quando recebeu o primeiro salário, guardou um pouco. Foi até o bazar e comprou coisas para enfeitar a casa, e também de utilidade. Comprou balde, vassoura, capacho, um jogo de xícaras de vidro na cor verde. No mês seguinte ajudou um amigo a comprar válvula e mangueira para o gás. Para a casa dele, comprou guardanapinhos de renda, um enfeite, um porta-retrato, e um jogo de tapetinhos para o banheiro.

A casa do haitiano é bem simples. Tem uma sala, uma cozinha, um banheiro e um quarto. Tudo pintado de branco e com o piso de cerâmica cinza. Ao mesmo tempo, naquele espaço sem cor, percebesse que há vida pulsante. O banheiro enfeitado tem até flor. Na sala de estante improvisada com caixotes está a televisão, o rádio. Tudo devidamente enfeitado com os guardanapinhos de renda amarela, com um bibelô e o porta-retrato. Lá a fotografia da esposa e da filha que ficaram no Haiti, enquanto ele tenta a sorte por aqui.

No pouco que falou em português, o sorridente homem contou que perdeu o pai ainda criança. Não teve irmãos. A mãe, os sogros e o cunhado morreram no terremoto de 2010. Ele e a esposa estavam no litoral a trabalho e nada sofreram fisicamente. Depois da tragédia, eles ficaram desempregados. A mulher conseguiu se estabelecer profissionalmente, principalmente porque é formada em turismo, porém ele não. A filha nasceu em 2013, e a única coisa que o entristece é o fato de não poder acompanhar o crescimento da pequena.

Está há um ano no Brasil. Tem trabalho fixo, mora em casa de aluguel. Ajuda um ou outro estrangeiro, seja do país que for, a se estabelecer no Brasil.

Pretende trazer a família nos próximos meses. "Como vocês dizem cá, estou morrendo de saudades".

Ele contou que junto com a mulher e com a filha também virá para Porto Alegre a tia, o primo e um amigo. O Haitiano (que ninguém sabe o nome porque ele se apresenta como Haitiano) aos risos disse que não sabe como vai colocar tanta gente dentro da casa tão pequena em que vive, mas aposta que eles não ficaram muito tempo com ele, já que o primo, de 16 anos, fala português e é muito inteligente, e assim, logo terão a sua própria moradia.

O homem contou que quando veio para o Brasil pensava que o país era uma coisa, ao chegar percebeu que por aqui nada é perfeito, mesmo assim ele aposta que o futuro será melhor.

É alegria e esperança em terras desconhecidas.

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Peço desculpas por não ter publicado a crônica no meio da semana. O trabalho foi bem intenso e não tive muito tempo extra.

Veja mais crônicas da série Em qualquer rua aqui!

sábado, 16 de maio de 2015

QLQRUA: crônica no meio da semana

Nesta semana eu não tenho como escrever a crônica. Peço desculpas, mas esta criatura que escreve precisa de um pequeno descanso. Trabalhei muito essa semana e não tive pique. Mas prometo publicar a crônica entre segunda e terça-feira. Amanhã tem a cobertura completa das semifinais e finais do Campeonato Municipal de Handebol de Porto Alegre, e eu estarei lá. Convido-os para acompanhar pelo twitter/dois_min. =)

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Eu gostaria de adiantar umas homenagens. Minha mãe fez aniversário no dia 13 e a minha afilhada Luize está de aniversário neste domingo. Eu gostaria de deixar aqui registrado que amo muito elas. Parabéns mamy! Parabéns minha linda Lulu!
Flores é o que eu desejo na vida delas!

sábado, 9 de maio de 2015

#QLQRUA: Gripe



Há coisas que chegam com a troca de estação. Uma delas é um vírus popularmente chamado de gripe. O bichinho que mal pode ser visto por um microscópio faz um estrago danado na gente. É nariz que escorre, é olho que incha, garganta que incomoda, dor no corpo.

Dormir a noite é uma tortura. Parece que tu ganhas energia extra. De dia ficar acordado é quase impossível. Manter os olhos abertos e atentos, algo tão corriqueiro, se torna uma das atividades mais complicadas.

O corpo precisa de cuidados extras. A gripe pode matar. Para as pessoas com imunidades baixas, que possuem doenças crônicas ou são aidéticas um simples resfriado pode ser perigoso. Além de descanso, beber muita água neste período é o que recomendam os médicos.

Nesta época do ano também é muito comum pipocar na televisão as propagandas dos remédios de gripe, alergia e etc. Aqueles remedinhos que podemos comprar com facilidade na farmácia, mas que os médicos recomendam que sejam tomados apenas depois que o doente consultá-los.

No inverno não tem jeito para escapar na malditinha é seguir as recomendações da vó que sempre diz que não se pode passar frio, tem que proteger a cabeça e etc. Eu colocaria um adendo. Se alguém está resfriado deve andar acompanhado de um lencinho. Não nada mais nojento que uma chuva espirros.

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Leia mais crônicas Em qualquer rua.
*Atualizada às 15h26, de 8 de novembro de 2015.

sábado, 2 de maio de 2015

#QLQRUA: Chegou para preparar o terreno para o inverno



Um arrepio intenso, não, não era uma nova emoção, uma paixão ou um espírito zombeteiro que passava por ali. Era frio mesmo.

A temperatura gradativamente vai diminuindo. Os dias terminam mais cedo e as noites estão maiores.

Os bichos estão mais dorminhocos. Os pássaros não cantam mais como antes. As plantas morrendo ou hibernando, enquanto as flores do inverno ressurgem em forma de botão.

As alergias saudosas da primavera vieram com tudo. É um tal de espirra prá cá e funga para lá. Atchim!

O céu antes predominante azul deu lugar ao carrancudo cinza. O cinza dá lugar ao azul. E assim neste baile de troca passa três meses.

A chuva que antes era intensa, forte e momentânea, agora é longa e tranquila.

E o movimento cebola? Todos passam ou passaram por isso. Casaco de manhã, camiseta ao meio-dia, regata a tarde, blusão de lã a noite. Pessoas e suas camadas de roupas. Pessoas e o vestuário completo para passar quatro estações em um único dia.

Não tem jeito, ele chegou ocupando o espaço caloroso do verão. É o outono preparando o terreno para o inverno.

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Leia as demais crônicas da série Em qualquer rua

*Texto atualizado