terça-feira, 29 de julho de 2014

#Conto: O político e a prostituta - final


Ele entrou na sala do investigador e comentou o que tinha acabado de descobrir e disse:

_O homem preso por tentativa de roubo é suspeito pela grande quantia em dinheiro encontrado com ele. Esse dinheiro só pode ser pagamento, e quem deu para ele foi o vereador que o contratou pra matar a prostituta. Mas por quê?

Essa era a maior dúvida. Por que ele mandaria matar uma prostituta, uma mulher que socialmente não tem valor nenhum?

Misteriosamente uma carta apareceu na delegacia. A carta era direcionada ao delegado da cidade. Nela estava escrito tudo sobre o vereador corrupto e explicava que se misteriosamente aquela carta chegasse até ele era porque quem escrevia estava morta e o assassino só poderia ser o político. Quem assinava era a prostituta.


O delegado ficou boquiaberto...

Porto Alegre, fevereiro de 2007.

domingo, 27 de julho de 2014

#Conto: O político e a prostituta - parte IV


O corpo da prostituta havia sido descoberto, examinado, porém a polícia não desvendou quem poderia ter a matado. O assassino havia sumido da cidade, entretanto foi preso no município vizinho ao tentar assaltar uma loja. Além disso, estava sendo investigado por causa da maleta de dinheiro que carregava na hora do assalto.

As semanas passaram e a investigação contra o político continuava a passos lentos. A polícia tinha arquivado a investigação sobre a morte da prostituta, por falta de provas. E o assassino continuava preso, contudo, só pela tentativa de assalto.

A polícia tentava descobrir de onde o bandido tinha tirado tanto dinheiro em espécie, todavia ele não confessava nem sobre tortura, e ele não passou por poucas.

Apesar disso, houve uma reviravolta no caso.


No carro do criminoso havia um papel com um número de telefone anotado. O número era muito parecido com os números da câmara de vereadores. O delegado que investigava o caso ligou para verificar de onde era aquele número e descobriu que era do gabinete do político que estava sendo investigado por lavagem de dinheiro e tráfico. Folhando os arquivos da delegacia descobriu algo que considerou extraordinário. Foi recolhido junto ao corpo da prostituta um número de celular. O delegado ligou para este número, como fez antes, mas não teve a mesma sorte, já que o aquele número de telefone estava desativado. Porém, não foi difícil para ele descobrir de quem havia sido aquele número. Era do político. Agora, pensou, é só juntar dois mais dois para dar quatro. 

sexta-feira, 25 de julho de 2014

#Conto: O político e a prostituta - parte III


Era de manhã quando o político ligou para a prostituta marcando um encontro, em um lugar diferente do habitual. Eles se encontrariam em uma rua na divisa da cidade. Lá era um lugar deserto, quase não havia moradores e as casas ficavam longe um das outras.

O relógio marcava meia-noite quando a prostituta chegou ao local. Desceu do táxi e caminhou até o lugar do encontro. Com o dossiê nas mãos esperou o político ansiosamente. Olhava o relógio várias vezes, andava de um lado para o outro e estranhou a demora.

Um carro preto de vidros escuros chegou ao lugar, a mulher estava de costas, voltou-se para o carro, mas não teve tempo de ver quem estava lá dentro, pois um tiro certeiro atingiu seu peito. Ela caiu desmaiada no chão. Porém não estava morta. O homem que lhe deu o tiro saiu do carro, chegou perto da mulher e lhe deu mais dois tiros. A prostituta não resistiu e morreu. O homem, que vestia uma roupa preta, pegou o dossiê das mãos dela e deixou a arma do crime ao lado do corpo. Entrou no carro e foi embora.

O político esperava alguém em um bar, mostrava-se angustiado, quase não tirava os olhos do celular. Foi quando entrou pela porta do comércio um homem de aparência sinistra e que caminhou em direção ao vereador. Sentou-se a mesa e entregou para ele uma pasta preta, no qual continha o dossiê que a prostituta tinha montado. O político, por sua vez, deu para aquele homem uma pasta cinza com segredo, lá dentro tinha 100 mil reais. Sim, o político achou mais vantajoso matar a mulher, sua amante por anos, por 100 mil reais, do que pagá-la 500 mil dólares.

Os dias, assim como as noites, passaram e a esquina no qual o político encontrava a sua meretriz estava vazia. Ele encontrou outra mulher para satisfazer seus desejos sexuais. Essa além de mais bela, era mais barata e não fazia tantas exigências. O vereador continuava sendo investigado, mas isso não o preocupava mais.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

#Conto: O político e a prostituta - Parte II


Dias se passaram e o político continuou a ser investigado. A Polícia Federal havia descoberto várias provas que o ligavam a crimes de lavagem de dinheiro e também tráfico de armas. A prostituta continuava a fazer os programas para ele, porém juntava fotos e documentos que provariam que ele realmente era um corrupto.

Em uma destas noites, logo após o político e a prostituta entrarem em um motel, ela mostrou para ele um dossiê que o incriminava ainda mais. Se ela entregasse aquilo à polícia, ele ia preso, afinal naquele arquivo estavam as provas que faltavam para dar ordem de prisão ao vereador. A prostituta com o dossiê em mãos lhe fez uma proposta. Ela dava para ele as provas em troca de 500 mil dólares. O político disse que pensaria na proposta, mas não naquele momento, afinal eles estavam ali para outra coisa. Após o programa, o vereador olhou para a mulher e disse que aceitaria a proposta, contudo ela teria que esperar algum tempo para que ele pudesse juntar o dinheiro. Logo de cara ela não aceitou, porém o homem explicou que por causa da investigação demoraria a juntar o dinheiro, algo entorno de uma semana. Ela topou esperar.


Já em casa, o político estava desesperado. Começou a pensar em como faria para pagar a fortuna que a prostituta queria em troca dos documentos. Como ele iria arranjar 500 mil dólares do dia para noite. Não tinha muito dinheiro no banco do exterior, pois a maioria dos seus investimentos estava em imóveis. Além disso, a conta bancária em banco brasileiro estava congelada, por causa da investigação. Pensou durante toda a noite sobre o que iria fazer até que encontrou uma solução.

domingo, 20 de julho de 2014

#Conto: O político e a prostituta - Parte I

Primeiramente eu queria explicar uma coisinha, sou jornalista e não uma escritora. Escrever sempre foi uma das minhas atividades preferidas e desde muito pequena demonstrei interesse pelas palavras. Com oito ou nove anos eu escrevia versinhos que minhas colegas de colégio gostavam.  No final da minha infância e início da minha adolescência eu escrevia historinhas, mas estas eu raramente mostrava. Sempre tive vergonha. Entre 2007 e 2009 eu escrevi cerca de seis contos, recentemente encontrei quatro. Tomei coragem e vou mostrá-los em primeira mão. Não todos, apenas dois, os que foram melhores escritos. Ambos eu classificaria de contos policiais ou algo do gênero.

Hoje apresento o que escrevi com 19 anos. Saliento que a história é um pouco juvenil e não tem um enredo tão caprichado, pois na época em que eu o escrevi me faltava a experiência que adquiri durante a faculdade. Sinceramente eu espero que gostem e voltem para ler o restante desta história e a próxima.

Abraço!

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O político e a prostituta
Durante as madrugadas frias ou quentes um homem encontrava uma mulher voluptuosa, em uma esquina escura e pouco movimentada. Ela sempre o esperava ali e o recebia com muitos beijos, depois entrava no carro dele. O automóvel, porém, não ia muito longe. Andava alguns quilômetros e entrava em uma garagem de motel.

A mulher era uma prostituta, possuía uma ambição enorme. Adorava joias e dinheiro, sempre queria mais e mais. O homem era vereador de uma cidade pequena. Era um político corrupto, tinha sede por dinheiro. Dentre os muitos golpes, era mais conhecido por sonegar impostos, fazer caixa dois e lavar dinheiro. Os dois mantinham um caso já fazia muito tempo.

O político e a prostituta se encontravam em vários dias da semana, mas sempre durante a madrugada. Frequentavam vários motéis da cidade, contudo eram muito discretos. A prostituta cobrava caro e o político pagava sem a menor cerimônia. Ela topava fazer tudo que o vereador queria em troca de presentinhos como joias e roupas de marca. Ele era um homem esperto, contudo, ao lado dela se tornava um trouxa. Certa vez ele queria vê-la transando com outra garota, ela topou desde que ganhasse em troca um conjunto de gargantilhas de diamante. O político topou na hora pagar, desde que o desejo fosse realizado. E foi.

Como nada é para sempre, a situação aos poucos foi mudando. Certa noite, ela o esperava como de costume. O vereador ao chegar não desceu do carro para cumprimentá-la, apenas abaixou o vidro do carro e pediu para que a mulher entrasse. Quando a prostituta entrou no automóvel lhe deu um selinho, neste momento percebeu que ele estava muito abatido. Então, perguntou o que havia acontecido. O homem explicou que estava muito preocupado, porque estava sendo investigado. A partir daquele momento teria que controlar os gastos e não poderia dar mais para ela os presentinhos caros de antes. Agora o máximo que ele poderia dar era a comissão por seus serviços. Com um semblante de preocupação, a prostituta concordou em aceitar só o pagamento e o abraçou fortemente. Tudo era fingimento, em sua mente ambiciosa planeja algo. 

sábado, 19 de julho de 2014

QLQRUA: Futebol de qualidade passando por baixo da nossa janela

A Copa do Mundo consagrou a Alemanha/ Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil
Uma semana já se passou e uma saudade ficou. "Copa do Mundo cadê você? Sentimos a sua falta!" Não do futebol brasileiro apresentado por nossa Seleção, mas da festa feita. A Copa do Mundo passou por aqui e deixou bons rastros...

Não era a favor dela em 2007 quando o então presidente Lula resolveu candidatar o País. Fui mais contra ainda quando descobri as intenções de também trazer as Olimpíadas. Imaginei, como muitos, que isso daria uma merda sem tamanho. O Brasil não é lá muito organizado. Com a escolha feita não adiantava ser contra, afinal nada mudaria a opinião da tia Fifa.

Durante os protestos do ano passado eu só não apoiava a ideia do Sem Copa, afinal protestar contra o Mundial era perda de tempo. Porém eu tinha medo. Em maio deste ano eu cheguei comentar que Porto Alegre não ia dar conta do recado, afinal uma corrida, maratona de tradição internacional, deu um nó no trânsito da Capital. Errei o palpite, graças a Deus!

Ok, verdades sejam ditas, teve protesto, jornalista agredido, polícia exagerando, obras inacabadas e a neblina impedindo os vôos de partirem e chegarem ao Salgado Filho. Tudo isso, contudo, não tirou o brilho do festejo futebolístico.

Como esquecer da gringada aqui na cidade? Relembrou os tempos áureos do Fórum Mundial Social (kkkkkk, falei agora como uma velhinha, e nem faz tanto tempo assim que o Fórum aconteceu, só uma década e um pouquinho mais). Claro, que tinha muito mais gente.

Gigante do Beira-Rio/ Fotos Públicas
Que sensacional o Caminho do Gol! Tantas torcidas unidas indo em direção ao Beira-Rio (o nosso lindo Bergamotão que fica colorido a noite), sem brigas, rixas e confusões. Não é comum ver gremistas e colorados andando lado a lado rumo ao estádio de futebol, todavia vimos durante a Copa.

Ver a torcida da Holanda, unida e cantante passando na Borges. Aquele mar humano cor de laranja fez todo o sentido, aquilo que é paixão e organização. Visão maravilhosa, mostra o porquê até hoje a seleção holandesa é chamada de laranja mecânica. Que baita combustível é a torcida.


Foto: Anselmo Cunha/ PMPA
Por falar em torcida quem fez bonito foi os japoneses. Exemplo de civilidade, vamos ver se este nosso povo aprende a usar sacolinhas ou pelo menos não olhem estranho para quem leva sempre a sua, até mesmo na praia.

Os brasileiros também fizeram bonito na torcida, apesar de em muitos momentos ficarem em silêncio. Não deixaram de apoiar a Seleção Brasileira mesmo depois daquele resultado estratosférico contra a Alemanha. No jogo contra a Holanda, pela terceira posição do Mundial, lá estavam eles.

Foto: Valter Campanato/ Agência Brasil
A vaia para a presidente foi ridícula. Sinceramente, desnecessário! Faltou educação de alguns.

Mas vamos voltar a falar das coisas legais. Agora com foco apenas em Porto Alegre. Quem diria que a Fan Fest ia lotar tanto? Quem diria que mesmo com chuva e frio a galera não arredou pé?! Os shows agradaram muito, despertaram curiosidade e valorizaram os artistas gaúchos.

Foto: Anselmo Cunha/ PMPA
Os festejos futebolísticos que invadiram os bairros fizeram sucesso. Agradou a todos e levou para perto de quem estava afastado do Centro a Copa do Mundo. A segurança foi destacada pelo moradores de toda a cidade. Talvez Porto Alegre nunca tenha tido tantos Brigadianos andando pelo município.

Foto: Bruna Santos de Souza.
A Alemanha encerrou com chave de ouro a Copa, com futebol muito bem trabalhado e mostrando resultados positivos de quando um esporte recebe investimento desde as categorias de base.

Enfim, mesmo que em cima da hora deu tudo certo. A Copa do Mundo do Brasil foi a Copa das Copas. Tivemos a oportunidade de ver futebol de primeira, de presenciar o fato de que já não existe time bobo. Que as zebras não são azarões e sim equipes que se dedicaram muito e evoluíram. Foi a Copa dos muitos gols e das belas defesas. Goleiros que arrasaram tanto quanto os atacantes.

A festa foi bela, com certeza deixou saudades. Foi bem ter tido esse evento no nosso País, na nossa cidade. Foi como ver o melhor do futebol passando por debaixo da nossa janela.

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quarta-feira, 16 de julho de 2014

Quarta-feira dia de futebol

Quarta-feira é dia de futebol na TV. Já é tradição. Depois da novela os times entram em campo. Seja qual for a competição, só não tem futebol da metade de dezembro e durante todo janeiro, ou seja, de fevereiro a primeira quinzena do último mês do ano: FUTEBOL!

Aqui em casa somos três pessoas. Minha mãe não curte muito, mas quando não acha coisa melhor assiste. Meu irmão não gosta do esporte, prefere lutas e games. Os dois são espectadores do futebol apenas em jogo da Seleção Brasileira. Eu pelo contrário deles, adoro!

Sei que não é só na minha família que acontece isso. Logo fico imaginando a cena quando as pessoas se dão conta que chegou a quarta-feira.

QUARTA-FEIRA: Noite de FUTEBOL


As pessoas que não curtem



As pessoas que não vivem sem


#Invenções

sábado, 12 de julho de 2014

#QLQRUA: A água levou o material, mas deixou a esperança

Barra do Guarita./ Foto: Sacha Rochele/Defesa Civil
Os olhos da pequena brilham quando viu nas mãos do voluntário um brinquedo. O jovem rapaz se aproxima da menina com um largo sorriso e entregou a ela a boneca. A pequenina agradeceu, abraçou o objeto e depois mostrou para a mãe. Linda, foi  o nome dado à boneca. O voluntário ainda entrega a mãe da criança uma sacola com arroz, feijão, milho, farinha, biscoitos e massa. E também, uma sacola maior com três mudas de roupa para ela, duas para o marido, quatro para a menina e três para o bebê, que dormia quietinho em um moisés improvisado. Assim como esta família havia outras, alojadas em um ginásio após a fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul e causou enchentes, na última semana.

O pouco que a família conseguiu resgatar da enchente foi algumas roupas, o computador do marido, parte de um armário, a televisão de 32 polegadas e o cachorro. Tudo foi perdido e a casa terá que ser refeita.

Para eles aquele era o pior momento que já haviam vivido. Copa do Mundo? Não, eles nem ao menos conseguiram assistir aos últimos jogos da Seleção Brasileira.  Nos pensamentos o que pairava era de preocupação. As crianças eram pequenas, a mais velha, a guriazinha que ganhou a boneca,  apenas três anos. O pai trabalha e não parou mesmo depois da tragédia. Não podia parar. A mãe estava de licença maternidade, e isso, de certa forma, era um alívio.

O casal considerou que o dia que tiveram que deixar a casa deles com as crianças foi o pior que já viveram. Foram dez anos de luta para construir o que tinham. Era pouco, mas era o que tinham conquistado. Agora era tentar de novo. Desistir, nunca, principalmente porque eles tinham dois motivadores: as crianças.

Nesta situação descrita acima estão vivendo outras centenas de famílias. Em 8 de julho, 1.528 pessoas estavam em abrigos oferecidos pelo governo, e 17.197 estavam em casas de parentes e amigos. Estima-se que 122 municípios estão em estado de emergência por causa das cheias, e 146 cidades foram atingidas. Sendo a Fronteira Oeste a região mais acometida. Até agora foram registrados dois mortos em virtude dos alagamentos.

Estas pessoas precisam muito de ajuda. O que a Defesa Civil pede são coisas tão simples. Comida, material de higiene e limpeza, cobertores e água. Por ironia, ou não, no momento água é o bem mais necessário. As doações podem ser feitas no Centro Administrativo, para quem estiver em Porto Alegre. Saiba mais aqui.

Espero que em breve a garotinha, seus pais e o irmão, assim como as demais famílias possam retomar suas vidas. De forma digna consigam fazer os reparos necessários em seus imóveis. Se a água levou embora o material, uma coisa tenho certeza que ela não levou: a esperança que eles têm de dias melhores.

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sexta-feira, 11 de julho de 2014

Que semana estranha!

Nossa, essa semana foi bem estranha. Tudo começou na segunda-feira um dia super agitado e que para ajudar me fechou a garganta #fail. Na terça, dia de jogo da Seleção, doente ou não tive que ir até o Centro para fazer a recarga do Tri do meu irmão e pagar algumas contas. Tudo isso até o meio-dia. Detalhe acordei tarde e literalmente tive que fazer tudo correndo. A dúvida que me pairava na cabeça era por que os bancos iriam fechar no horário do almoço se o jogo era só às 17h? Enfim, tudo certo. Cheguei em casa, almocei quase na hora do café e tal. Fui para o computador, pois tinha uma reportagem para entregar e queria fazer isso antes do jogo. Pois é, só entreguei a matéria e nada mais. Meu querido computador parou de funcionar. Quase igual a Seleção que parou de jogar e levou aquela goleada da Alemanha.



Mexe daqui e dali descobri que meu computador tinha um maldito Supra Savings e que através disso ele foi contaminado por vírus. A única coisa que pensei foi "eu me fudi!" Desespero... Nem tanto. Peguei li uns trocentos tutorias, fiz tudo que mandava, através do sistema de segurança. Só que nada deu certo.

No outro dia, a gloriosa quarta-feira. Perdi o jogão entre Holanda e Argentina.

Passei a tarde tentando arrumar o notebook, simplesmente porque eu não tinha dinheiro para chamar o técnico. Li mais umas quinhentas coisas. De novo só conseguia acessar o computador através do modo de segurança, mas desta vez entrei com o modo em rede.

Desespero! Sim, eu tinha uma reportagem para entregar na quinta-feira e como eu iria escrever? Para ajudar onde tinha fontes? Todas me negaram dar uma palavrinha.

Neste dia eu tinha um milhão e meio de coisas para fazer. Tinha que ir ao mercado, ao pet shop. Almoço só saiu bem tarde. Eu literalmente estava andando em círculos, kkkkkk.

Chegou a noite e nada do bicho voltar. Eu já tinha deletado a extensão um zilhão de vezes, apagado as pastas do Supra Savings, do vírus. As malditas pastas voltavam a cada vez que o note reiniciava. Nesta altura eu já havia deletado até o Chrome. Fiz a restauração e nada...



Pensei em formatar, porém eu não tinha onde salvar todos os meus arquivos... Até tenho parte dele salvo em nuvem, mas só um pedacinho... Tentei subir o restante, só tentei (credo, só naquele dia eu pude perceber que como eu tenho coisa salva. Meu arquivo compactado tem cerca de 10 gigas).

Teve um momento que eu olhei para o céu e chamei Jesus dá uma luz... Isso eram quase 22h. Sério, eu não aguentava mais. Daí eu lembrei de um vídeo que eu assisti...



No editorial ensinava como apagar os arquivos da pasta temp. E então eu pensei cá com meus botões "por que não fazer o mesmo com a pasta programas? Só que ao invés de apagar tudo, deleto só o que está atrapalhando." Bingo! Deu certo!

Depois de apagar os arquivos, fui em organizar - opções de pasta - modo de exibição. Botei para restaurar padrões-aplicar e ok.


A única coisa que eu conseguia pensar era no que a falta de dinheiro não faz conosco. Certo que se eu tivesse bem mais $$$ eu tinha chamado um técnico em informativa. Mas como eu não tenho salário e vivo de freela tive que me virar. Meu irmão, o Patryck, me ajudou bastante, ou pelo menos tentou, hehehehe.



A saga continuou no outro dia, porém com o note funcionando. Tive que baixar o navegador de novo. O skipe tinha sido reinstalado no momento da restauração do sistema. Baixei também um app do McAffe para ter uma navegação mais segura e tal.

Não sei como, mas eu deixei meu computador se infectar. Justo eu que sempre cuidei da segurança. Baixei a guarda e relaxei. Nunca o antivírus ficou desatualizado, contudo também não procurei complementar esse reforço.

Óbvio que na quinta-feira corri mais do que nunca. Lembra da reportagem que ninguém queria me dar entrevista? Pois é, eu consegui. E o mais legal que a entrevistada quis que eu fosse entrevistá-la pessoalmente. Nada de e-mail. =) #ADORO!

Entreguei ontem mesmo. Era sobre o mercado de chocolates (nota mental: nham, delícia). Fiz sobre a Cacau Show. Sabia que só o ano passado eles produziriam 18 milhões de chocolates?

Além desta reportagem eu tinha que postar alguma coisa no blog do Dois Minutos e gravar o Nada Além de 2 Min. Se os dias anteriores tinhas sido tensos, a quinta foi agitada, mas um dia no qual deu tudo certo.

 




domingo, 6 de julho de 2014

QLQRUA: A jovem chefe de cozinha que não quer casar

A vida inteira ela gostou de cozinhar, parece estranho falar assim, mas desde bem pequena os brinquedos preferidos dela era as panelinhas. Aprendeu a lidar com alimentos com a avó, a partir dos seis anos de idade. Quando foi crescendo entendeu o que era o machismo e escutou de diversas pessoas que ela cozinhando daquele jeito, mesmo tão novinha, já dava para casar. Só de pensar que seu talento só serviria para cuidar de uma casa sentia nojo, assim decidiu que não iria casar. Na época tinha apenas 10 anos e quando os adultos ouviam a decisão da menina riam e diziam que quando crescesse mudava de opinião.

Apendeu com a avó a arte da culinária/ Imagem: Freepik

Mesmo sendo conhecida como uma prodígio na cozinha, ela sabia apenas fazer alguns doces. Então aos 14 anos fez seu primeiro curso de culinária. Ela cresceu e se desenvolveu. Ficou bela, mas também muito inteligente. Sabia lidar em um cozinha como poucas pessoas, apesar de ter apenas 22 anos, e ainda possuía um curso técnico em administração. Ela continuava com a ideia de ser solteira, não era do tipo namoradeira, mas também não fazia o estilo "não pega ninguém". Contudo, seu pai nunca entendeu o porquê a jovem não queria saber de relacionamentos sérios. Chegou a chamá-la de vagabunda. Queria muito que a moça seguisse os passos da mãe, uma dona de casa exemplar.

Cansada das brigas e das cobranças, ela resolveu sair de casa. Nesta época cursava o terceiro semestre de gastronomia. Saiu do estágio e conseguiu um emprego fixo como ajudante em um restaurante. Chegou a trabalhar 14 horas direto para poder conseguir pagar sua parte do aluguel (ela morava com uma amiga) e a meia-bolsa da faculdade. Não foi fácil e ela pensou em desistir. Como era teimosa seguiu em frente firme e abandonou a ideia de parar com tudo.

Se formou em uma linda cerimônia e de presente ganhou do destino um novo emprego. Ela virou auxiliar do chefe de um grande restaurante. Dois anos depois o restaurante para qual ela trabalhava abriu uma nova loja e ela recebeu um novo cargo: virou chefe de cozinha. SONHO!

Com um salário melhor conseguiu financiar um imóvel. Há cerca de um mês ela está namorando um rapaz apaixonado por docinhos. Ele admira a força de vontade da garota e ela a alegria dele. Quando perguntam-no se um dia eles irão casar, o moço apenas dá com os ombros. Afinal ela não quer casar e ele não perde a esperança de que um dia a bela jovem mude de ideia.

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sábado, 5 de julho de 2014

#QLQRUA esta semana no domingo!

E cadê a história? Como faço para botar no papel esse turbilhão de coisas que se passa na minha cabeça? Não sei a resposta, preciso desligar um pouco. Não quero que as crônicas percam a qualidade nem o rumo central, por isso hoje não postarei nenhuma estória da série #QLQRUA.

As crônica deste sábado será no domingo. Então, respira fundo que amanhã vem uma inédita. Espero que mais alegre que a última, rsrsrsrs (leia ela aqui). Não que o Em qualquer rua tenha nascido apenas para falar das coisas boas, mas acho que é um bom momento para demonstrar alegria.

Se você está pensando "Lá vem ela e uma nova desculpa". Saiba que não te tiro a razão, afinal pensei a mesma coisa hoje. Confesso que quando fico muito agitada é complicado escrever algo que tenha um sentido. Logo peço que me desculpe.

Para encerrar, concentração aí e eu daqui. Amanhã volto a postar a série, combinado! ;)

Se você ainda não conhece o Em qualquer rua, lhe recomendo clicar na hashtag #QLQRUA  e leia as crônicas.