segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Paciência..


sábado, 26 de outubro de 2013

QLQRUA: Esperança, a menina que quer um emprego e quer virar arquiteta

Esperança tem o sonho de virar arquiteta./Imagem: Photoscape

Ela se chama Esperança Silva Luiz e caminha rápido pelo centro da cidade. Em baixo do braço carrega uma patinha azul com diversos currículos. Tem 20 anos e está desempregada a oito meses. Seu andar é aflito e suas mãos tremem ao entregar os currículos nas lojas que pedem por funcionários. Já não tem mais critérios e aceita quase todo o tipo de trabalho, tem pressa porque tem contas já vencidas.

Engraçado, me diz ela, sentada em uma fila longa de espera. "Ainda não estou na faculdade e assim como tu busco por um emprego. Tu, eu vi, já é formada?", sorrindo me questionou . Apenas me ative a responder um simples pois é, não 'tah' fácil para ninguém, kkkkkk.

Ela prosseguiu "sabe que conseguir emprego é difícil, sou fluente em inglês e esse ano vou tentar o ENEM de novo. Quero um futuro melhor e não filhos, mas parece que é difícil fazer os recrutadores entenderem isso".

A reclamação da menina Esperança é correta, pois eu mesma já senti esse preconceito. Muitos dos contratantes preferem os rapazes solteiros e sem filhos, afinal de contas os que já são pais acabam por ter uma compromisso a mais, no caso das mulheres, o simples fato de ter uma funcionária grávida já conta como gasto extra, gasto que muitos não querem ter. Mesmo que a candidata ao trabalho não tenha o objetivo ter ter filhos, é como se todos esperassem que uma hora ou outra a criatura tenha um rebento. Basta ser mulher para pelo menos uma vez na vida sofrer esse tipo de preconceito.

Esperança é uma menina de estatura mediada, deve ter entorno de 1m60, tem longos cabelos negros e lisos e os olhos verdes escuros. A pele branca tem tons avermelhados, já que o Sol castiga a pele muito clara. Ela veste uma roupa simples, contudo social e os pés calçam sapatilhas pretas.

A garota contou que veio morar em Porto Alegre há pouco mais de um ano. Veio após o pai ser transferido para trabalhar na sucursal da empresa aqui na Capital e vê na cidade uma chance de realizar o sonho de cursar arquitetura. Mora também com a mãe, empregada doméstica, e com um irmão que cursa o 1º ano do ensino médio.

Ela me confidenciou que às vezes sente vontade de jogar tudo para o alto e ir morar com a avó no interior de Minas Gerais, mas não tem coragem porque morreria de tristeza e saudades dos pais.

Já perdeu as contas de quantos currículos já deixou pela cidade e de quantas fichas em agências de emprego já preencheu. Quer estar trabalhando quando entrar na faculdade, largar o emprego só quando conseguir um estágio na área, "lá pelo terceiro semestre", calcula.

Entre seus currículos, dentro da pastinha de elástico, está um livro de Machado de Assis e uma apostila de história. Esperança estuda em um intervalo e outro, durante a sua busca por um espaço no cruel mercado de trabalho.

A jovem me contava que seu nome era na verdade em homenagem a Deusa Romana, Esperança, irmã do Deus Sono quando a chamaram para concorrer a uma vaga. Ela me sorriu, desejou sorte, retribuí com um boa sorte e vai com Deus, ela me manda um amém, com o rosto vermelhinho.

Esperança, uma menina tímida que com força supera a dificuldade, hoje deve estar cansada pelo longo tempo de prova, e ao mesmo tempo se preparando para o segundo dia de ENEM.

Espero que tudo de certo.

Leia as demais crônicas da série Em Qualquer Rua e encontre histórias divertidas, curiosas, alegres e outras nem tão felizes assim. =)


segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Miau: a história do gato Pusheen

Quem ainda não conhece o gatinho Pusheen? Ele é aquele gatinho gordo, fofo e cinza dos emoticons do Facebook.

Ele não é apenas uma figurinha, é um personagem de quadrinhos da web que faz grande sucesso e irá virar livro. O gatinho é uma criação de Clare Belton e Andrew Duuf e teve a sua  primeira história publicada em maio de 2010. Não vou escrever mais detalhes porque o achado é do pessoal do Youpix e eu recomendo a leitura do post deles http://youpix.com.br/memepedia/o-gato-do-facechat/.




PS: Não, eu não desisti de escrever as crônicas do Em qualquer rua. Estou apenas um pouquinho enrolada e também coletando histórias. Em breve volto com novidades para a série.  =)

Doce verdade