quarta-feira, 12 de junho de 2013

#Feliz Dia dos #Namorados


Quando ontem de madrugada, perto da meia-noite, vi essa linda e fofa imagem no Google em homenagem ao Dia dos Namorados.

De tão fofinha resolvi pô-la aqui ao mesmo tempo que deixo a minha mensagem de feliz dia dos namorados à todos!

Essa imagem é resultante de uma parceria feia entre o Estúdio Maurício de Sousa e o Google Brasil.

A sensação que a cultura gaúcha me persegue.

Tchê, tenho a sensação que a cultura gaúcha me persegue. Explico o porquê.

Em casa não se escutava muito música gaúcha, meus pais não gostam de trova nem de milonga, mas no domingo era comum meu pai ligar o rádio na Liberdade, no qual se escutava Gaúcho da Fronteira, Tchê Barbaridade, dentre outros. Já perto do meio-dia a estação era trocada e ia para a Gaúcha, que dentre as notícias futebolísticas a trilha sonora tinha foco sulista. Na mesma época (nossa como o tempo passa) o programa Galpão Crioulo passava nos sábados à tarde. Na escola minha professora cultivava essa história toda e meio que incentivou o bairrismo da minha turma. Tinha colegas que frequentavam CTGs e é óbvio que eu buscava me informar sobre as coisas envolvendo o assunto para não ficar de fora das conversas.

Me lembro como hoje o dia, ou melhor os dias, que aprendi sobre as Missões Jesuíticas e a revolução de 1750. Eu estava na terceira séria, ano de 1996, e a escola tinha aderido a greve dos professores estaduais (vejam bem que essa luta por melhores salários dos professores do Estado é antiga). Minha professora não curtiu muito a ideia, pois já estávamos no meio do ano (não lembro bem o mês) e a interrupção das aulas seria prejudicial. Contudo ela resolveu nos deixar tarefa para a semana. Tínhamos que copiar um texto de mais ou menos umas cinco páginas, que no caderno viraram oito, sobre a Guerra Guaranítica  e responder as questões de interpretação textual. Uma atividade que envolvia história, português e geografia. Foi a primeira vez que tive contato de fato com a história do Rio Grande do Sul, e confesso não me agradou muito.

Passaram-se os anos e obviamente troquei de professoras, mas a história ensinada sempre se repetia. Revolução Farroupilha. Ano após ano a revolta de 35 voltava em meados de setembro. Haja saco para o mesmo assunto! Nas minhas duas últimas séries do ensino fundamental aprendi que nada na história acontece por acaso e que sempre o interesse financeiro moveu as revoltas, revoluções e guerras pelo mundo, logo por que a Farroupilha seria diferente? Os heróis daqui eram diferentes dos demais guerreiros?

Quando fui para o ensino médio mais e mais revolução Farroupilha! Sempre a mesma história! Será que era apenas esse o contexto que cercava a nossa cultura? Não e aos poucos descobri isso.

Durante três anos tínhamos que apresentar algo sobre a cultura regional perto das comemorações do 20 de setembro. Eu não sei se eu dava o azar de todo o ano ser sorteada a fazer algo sobre a Guerra Farrapa. Como eram sempre os mesmos avaliadores a criatividade tinha que falar alto. E assim sanei a curiosidade e vi que os tão nobres heróis farroupilhas na verdade eram estancieiros e comerciantes cansados dos mandos e desmandos do Governo Federal.

Neste mesmo período escolar não se pensa em outra coisa do que o vestibular. Sinceramente eu não li a trilogia O tempo e o vento, do Érico Veríssimo. Li apenas o resumo, visto que o número de livros da leitura obrigatória é grande. Prestei vestibular em 2007 e iria fazer o de 2009. Adivinha, dois ou três livros eram sobre cultura gaúcha.

Em 2008 quando entrei na Famecos meio que esqueci da tal cultura regional, até dado momento, pois o gauchismo é foco da Zero Hora, que em vários momentos foi analisada em aula. Eis que novamente com a pulguinha na orelha fiz a minha monografia exatamente sobre o assunto. Eu queria saber como a essa cultura muito bairrista se tornou parte fundamental da sociedade.

Minha mono foi sobre como a ilustração representa e critica essa cultura regional, através dos quadrinhos "Tapejara, o último guasca". Curti muito, já que descobri coisas muito interessantes, além de observar que o próprio regionalismo se adequa as transformações que o tempo traz, servindo de apoio para uma sociedade, ou seja, não só no Rio Grande do Sul acontece tal fenomeno. Porém, a experiência de escrever um trabalho como esses não foi ruim, mas muito e muito estressante.

Um ano depois cá estou eu lendo O continente, obra parte da trilogia citada acima. Obra importante na literatura brasileira e que deve ser conhecida. Minha mãe vira e mexe liga o rádio para escutar música gaucha e abriu um bailão perto da minha casa. Logo sinto que a cultura sulista me persegue, kkkkkkkk. Acho engraçado ao mesmo tempo de importante. Importante porque devemos conhecer o que cerca e o que faz a sociedade da qual fazemos parte.

Pretendo conhecer outras culturas, com os mesmos detalhes da cultura deste Estado. Afinal sou uma contador de histórias e preciso de histórias para contar.

 =)


terça-feira, 11 de junho de 2013

É com um suspiro que tudo se vai...

Um suspiro e tudo se vai. Como água corrente que passa pelas pedrinhas de um rio. As certezas se vão e o medo fica no lugar. Medo do que não acontece, da mudança que não acontece.

Ansiedade permanece como figueiras antigas, enraizada, firme e forte. A vida possui razões que só ela conhece e que nós desconhecemos e talvez nunca venhamos a entender.

Se a morte, infelizmente, chega para uns, desnudando famílias lhes tirando as crianças, para outros renasce em formato de esperança, ou não.

A razão parece que se esconde em um lar chamado subjetividade. Cada palavra que loucamente escrevo não quer dizer nada ao mesmo tempo que conto tudo querendo esconder-lhes com máscaras de arlequim. Sem sentido para vós mas principalmente para mim.