quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Ô semana difícil...

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Individualmente essa semana não foi complica, pelo contrário, teve acontecimentos que me alegraram muito. Mas esses quatro dias não estão sendo fáceis socialmente aos brasileiros.

Na terça-feira, dia 13 de dezembro, a manhã se encerrou com a notícia que a PEC 55 que congela os gastos públicos por 20 anos foi aprovada pelo Senado Federal, recebeu 53 votos a favor. Um projeto mal feito, que levou em consideração apenas os dados quantitativos e não os qualitativos. Pior, que todos os órgãos mundiais, como a ONU, condenaram como ruim para o desenvolvimento do País.

A Delação da Odebrecht começou e cerca de 71 nomes de políticos foram relacionados a crimes de caixa dois, corrupção e companhia. E os citados estão com cargos atualmente e isso envolve até o nome do Presidente, Michel Temer. Ainda terá mais gente que fará a delação, ou seja, talvez seja necessário uma nova eleição antes do tempo. (Entenda mais aqui)

O lixo que virou a nossa política está transformando o Brasil em piada lá fora. Foi o que me contou um taxista. De acordo com ele, só na semana passada ele transportou 20 turistas, de diferentes partes do mundo, e todos falaram bem mal do País. E olha, que naqueles dias apenas as alterações na Previdência Social estavam em discussão.

A maravilha vai continuar. Os três estados que decretaram emergência econômica: Minhas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul poderão ter suas dívidas com pagamento adiado em até três anos, desde que adotem regras bem rígidas. Uma delas é incluir em seus pacotes de recuperação o projeto de vender empresas públicas.

No caso dos gaúchos, fato que posso falar bem pois moro neste estado, a fextinha continuará. A Assembléia Legislativa está fechada, gradeada, há mais de uma semana. A Casa do Povo virou de Poucos. A pressão popular, que deu medo e fechou a Assembléia, está focada no Pacotão do Sartori (Confira aqui) que prevê a extinção da Fundação Piratini, da Fundação Zoobotânica, da Fundação de Pesquisa, privatização da CEEE e por aí vai. Além disso, os funcionários públicos que recebem os salários em parcelas nem sabem se vão ter 13º salário.

E para deixar os gaúchos ainda mais felizes: hospitais importantes no interior reduzem vagas do SUS porque não recebem os valores repassados pelos governantes, e estes por sua vez, ficam a empurrar a culpa um para o outro: a culpa é do município, não, do estado, não do Ministério da Saúde.

Ainda em tempo, a capital do Rio Grande do Sul também está com problemas. Os municipários foram avisados que talvez não recebam o 13º. A notícia não agradou e os trabalhadores prometem cruzar os braços, parar os serviços, caso o dia 21 deste mês não recebam o salário a mais de dezembro.

E para não terminar a lista, a mesma capital sofre com a violência. Só no primeiro semestre deste ano o número de homicídios cresceu mais de 20%. Sendo que vai mais dados: em pesquisa realizada pela Associação dos Oficiais da Brigada Militar,  94,3%  dos porto-alegrenses sente medo de sair de casa durante a noite e 84% tem medo de sair durante o dia. Quando o assunto são locais, mais de 80% sente medo nas ruas, no ônibus, nos parques. Até em casa a insegurança faz parte, já que 34% dos entrevistados contou sentir medo da violência mesmo dentro de suas residências. (Veja a reportagem aqui).

A insegurança se tornou uma péssima parceira não apenas aos porto-alegrenses, mas de uma maneira em geral. O brasileiro se tornou refém de bandidos, os que furtam, os que fazem roubo a mão armada, e aqueles de colarinho branco.

O brasileiro está abandonado a seu mercê, não negarei aqui a minha revolta. Estamos abandonados pelos governantes eleitos por muitos. Governantes que se mostram incompetentes quando o assunto é educação, segurança, saúde... E são surdas ao povo que protesta nas ruas e também nas mídias sociais. Cada vez mais sinto vergonha de ser brasileira.

#ConversasDeBar

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