domingo, 7 de novembro de 2010

O mercado editorial gaúcho encontra fôlego mesmo em período de decadência

Este texto assim como o outro foi feito quando eu estava no 2° semestre. Foi escrito provavelmente entre os meses de maio ou junho de 2009. Eu o reescrevi o que diminui bastante o seu tamanho.

A dificuldade está no mercado distante e nas pequenas tiragens

O mercado editorial gaúcho vem decadente há alguns anos. Isso ocorre desde que houve o fechamento das grandes editoras e da migração dos principais autores para o Sudeste (eixo Rio- São Paulo), que possuem uma maior abrangência na distribuição de livros, já que atingem cerca da maior parte do território nacional. Em entrevista coletiva, para os alunos de jornalismo gráfico, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande dos Sul (PUCRS), Ângela Puccinelli, proprietária da editora Fábrica de Leitura falou da dificuldade de manter uma editora no Estado.
Para a editora a maior dificuldade encontrada está no fato do Rio Grande do Sul ficar geograficamente longe do centro do Brasil, o que dificulta a comunicação e a distribuição. Ângela salientou que o mercado não é muito aberto para o sul “não por bairrismos, mas porque o eixo São Paulo- Rio (centrais) torna a entrega dos produtos mais barata”. Segundo ela outro problema enfrentado pelas editoras e o fato do País não possuir um público leitor assíduo.
Questionada sobre o porquê ter uma editora no Estado foi enfática ao dizer que por ser gaúcha não gostaria de abrir uma empresa longe da sua origem. Angela abriu a Fábrica de Leitura há um ano e meio e disse não se arrepender, mesmo que o trabalho exija sacrifícios. Ela afirmou que vai muito para o Rio de Janeiro e São Paulo, pois possui fornecedores nestas duas cidades. A empresária expôs que tem uma equipe de assessoria de imprensa que ajuda a divulgar os livros impressos pela editora. Neste ano a Fábrica de Leitura já publicou 10 títulos.
Sobre a digitalização de livros Ângela salientou que prefere os impressos, pois atingem um maior público leitor. Para ela as pequenas editoras acabam falindo, porque se segmentam demais e perdem talentos. Outro motivo apontado pela empresária é o fato das tiragens no Estado serem muito pequenas o que acaba fazendo com que os grandes autores migrem para um mercado maior.

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