A lei não permite distribuição de santinhos no dia da eleição. A sujeira neste ano foi menor, mas existiu. Principalmente perto das escolas. Poderia descrever a maioria dos candidatos que tinham suas fotinhos espalhadas pelo chão, todavia não irei fazê-lo, porque prefiro acreditar que jogar papel não chão não atrai mais leitores, pelo contrário. Além disso, poucos se elegeram.
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_Esse, mais, esse... Mais um, um, um, disse o garotinho que catava santinhos com os irmãos.
Sabe aqueles panfletinhos em que o candidato vira um bonequinho de papel? Entre as crianças que juntavam os panfletos estes eram os prediletos.
A menina, provavelmente de 9 anos, pegou os santinhos de diferentes candidatos. Fez um bolinho e disparou? _Tem candidato? Tenho um monte, 'que escolhe'?
_Olha que monte de cachorros. Bem gordinhos. Devem ser das casas em volta.
Alguém escutou a observação de uma jovem que se encaminha para a sessão e largou: _São eleitores da Dona Regina (Becker - primeira dama de Porto Alegre)!
_Ai, menos um problema! A mãe já votou! Disse Brenda, de 8 anos, para a irmã menor. A mãe contou que Brenda pediu para ela e o pai não votarem em ficha suja e os ajudou a pesquisar na internet a reputação dos candidatos.
Em outra seção, Arthur, de 7, chamou a atenção do pai quando ele falou que votou em branco para senador.
_Pai votar em branco não dá certo. A gente tem que escolher quem vai representar a gente.
Diferente dos pequenos conscientes, me deparei com adultos pouco entusiasmados com o pleito. Um rapaz de 20 anos falou que pega o primeiro santinho que achar e vota. Enquanto a Técnica Agrícola de 30 anos explicou que pede ajuda aos amigos, pois não acompanhou as campanhas de perto.
Acabada a votação. Foram algumas horas para a definição dos eleitos. Um resultado que nada agradou foi a reeleição de Luís Carlos Heize. O candidato mais votado foi ator principal do caso de racismo, preconceito e homofobia em fevereiro deste ano.
Nas Redes Sociais as críticas vieram de todos os lados. A esquerda falou da mal da direita e o povo de direita mal dos esquerdistas. Houve quem criticou quem vota em mais de um partido. Ora, ora. Crítica, mas respeita. Democracia, meus caros.
Nunca vi uma disputa tão, mas tão acirrada pelo Senado como foi essa do Rio Grande do Sul. Com muita pouca diferença Lasier Martins superou Olívio Dutra e representará o Estado pelos próximos oito anos.
Para governador, como já era de se esperar, as pesquisas foram desmentidas pelas urnas. Sartori que passou durante toda campanha em terceiro lugar, venceu e foi para o segundo turno ao lado de Tarso Genro.
Sim, o domingo foi de surpresas. Muitos dizem que o Gigante Voltou a Dormir. Prefiro acreditar que ele acordou, mas ainda está meio sonolento.
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