sábado, 4 de outubro de 2014

QLQRUA: política nem sempre é um assunto debatido pelas famílias

Foto: divulgação
Nesta manhã li a matéria "O Exemplo vem da bisa",  da jornalista Jeniffer Gulart para o Diária Gaúcho. A entrevista com a senhora de 81 anos chamada Geny Pinto Machado e do bisneto Alison Berchetal Peres mostrava o quão importante é para os mais novos a influência dos mais velhos.

Dona Geny apesar da idade e de um cateter no coração, colocado há um mês, faz questão ir as urnas neste domingo. Ela entende bem o significado da palavra democracia e sabe a falta que ela faz em um País, afinal de contas, ela viveu os 24 anos de Ditadura Militar no Brasil. Incentiva o menino a votar e apesar de ensiná-lo o que e como fazer não diz em quem o jovem deve votar. Ele deve fazer a escolha sozinho e já o fez.

O exemplo vem de casa e é uma pena que muitos jovens não aprenderam com seus pais a importância de votar. Muitos dos adolescentes não acreditam na política e não veem diferença entre o trabalho de um e outro.

Em um junho do ano passado quando muitos foram as ruas protestar senti que os jovens criaram uma consciência política. Mas entre os mais novos isso ainda não é uma unanimidade. Conversando com uma galera de 14, 15 e 16 anos me deparei com "não gosto de política." "Não faço questão de votar". Para eles seja quem estiver no governo não vai mudar nada. De fato, nada mudará se nós não fizermos a mudança.

Votar é mais do que um ato de escolha, é a garantia de que a democracia está a salvo. A diferença não pode ser realizada pelos políticos se não for a população a se mobilizar.

Se estes adolescentes não entendem a importância do voto e porque certamente não receberam exemplos de seus responsáveis. Afinal, em muitas famílias alguns assuntos como sexo, dinheiro e política são tabus e quando são discutidos não são de forma aberta.

O assunto eleições ainda é polêmico em muitos lares, porém a escola poderia suprir essa necessidade. As aulas de história nem sempre são atraentes, mas se elas chamassem mais a atenção dos alunos seria uma mão na roda na hora de explicar o motivo e a importância do voto. As demais disciplinas também deveriam tocar neste assunto. E para ser bem sincera, este papo deve ser feito com as crianças desde quando começam a compreender as coisas.

Se pais, responsáveis e a escola andarem juntas em breve nossos jovens e crianças entenderam que votar é uma responsabilidade necessária. E nós vamos parar de escutar "não toh afim, justifico depois".

-----------------------------------------------------------------------------------------------------
Leia as demais crônicas da série Em qualquer rua.

Sem comentários: