Alberto e os demais policiais, em torno de oito, foram até
um beco escuro, afastado das casas, pois suspeitavam que os gritos viessem de
lá. Ao entrarem na ruela viram que lá estava uma mulher alta e bem arrumada,
parecia que estava indo para uma festa antes de ser assassinada. O corpo estava
no chão e nas mãos dela havia sinais de quem lutou com alguém para sobreviver.
No pescoço da vítima marcas de dentes, similares aos encontrados no corpo do
homem assassinado anteriormente.
Já na delegacia o investigador concluiu que este assassinato
estava ligado ao do primeiro homem encontrado. O caso estava cada vez mais
enrolado. O criminoso não tinha um tipo específico de vítimas, não existia
suspeitos e as únicas provas eram as marcas profundas de dentes em ambos os
mortos.
Passou uma semana e não houve mais nenhum caso de crime na
Rua da Praça. No entanto a polícia descobriu que tanto o homem tanto a mulher
eram desafetos de dois moradores daquela rua.
O homem havia sido fiador de Maria Aparecida quando ela
comprou a casa que morava. Como ela pagou apenas metade do financiamento, quem
arcou com o restante da dívida foi ele. Esse homem estava cobrando a dívida de
Maria Aparecida já fazia alguns meses. Já a mulher era enfermeira e cuidava da
filha doente do velho Jurandir. Ele não suportava a enfermeira desde a morte da
menina, tanto que a culpava pelo fato ter acontecido. Para Jurandir os cuidados
da mulher não foram o suficiente para evitar a morte da filha.
Mais uma vez o tempo passou e com ele o medo dos moradores
desaparecia e a rotina destes voltava ao normal. O velho Jurandir estava muito
doente. Adquiriu uma forte gripe e por causa da idade o estado de saúde do
idoso não era bom. A irmã de Diego com pena do homem fez um bolo para ele,
mesmo sem conhecê-lo muito resolveu fazer este agrado. Com o bolo pronto ela
pediu ao irmão que ele levasse o presente até a casa de Jurandir.
Sem comentários:
Enviar um comentário